(...) E não ter a vergonha de ser feliz!

   O politicamente correto, o que não se rebela, o que sempre está de acordo com tudo, o que não fala palavrão, o que sabe como se comportar em restaurante chique, o que não discute, o que sabe de tudo, o que é sempre pontual, o que nunca critica, o que nunca se altera, o que não fala alto. O modelo de ser humano perfeito... Perfeito... Será?
   Eu sei do que esse cara precisa, talvez rir um pouco, dizer bobagens, e falar uns palavrões. Fugir dos padrões, e ignorar o fato de que exista alguém julgando as suas ações. Sei lá, quebrar as regras, tomar um porre, pagar uns micos, fazer novas amizades a cada saída. Rebelar, criticar, debater! Ser o que quiser ser, e fazer o que tiver vontade, porque na maioria das vezes quando não temos a necessidade de agradar alguém, acabamos agradando nós mesmos.
   Por isso "rotineiramente precisamos sair da rotina" de agir como agimos sempre. A natureza de sermos o que QUEREMOS ser nos proporciona liberdade, e consequentemente nos tornamos pessoas mais encantadoras. Essa é a graça da vida, ela dá a oportunidade de sermos todos imperfeitos de maneiras incrivelmente perfeitas.

Um conselho de amigo.

Era uma vez em um passado não muito distante um grupo de amigos muito diferente de todos os outros que já conheci. Todos tinham suas diferenças, e ao mesmo tempo ideologias muito parecidas. Sempre julgados, sempre criticados, sempre apontados, e sempre o centro das atenções. Sem contar a facilidade que eles tinham de fazer de qualquer situação uma festa, na riqueza ou na pobreza, se tivesse uma garrafa de vodka a felicidade estava garantida.

Eu os admirava por muito motivos, pela alegria, pela imaginação, pela parceria, pela capacidade de perdoar, e por diversas outras coisas. Me recordo das situações pelas quais já passaram, umas que se eu não tivesse visto, com certeza não teria acreditado, noites que por pouco não viraram tragédias, e hoje em dia eles tiram boas risadas. Para quem acha que essa fase é a época da superficialidade e do descaso, eles provaram o contrário. Eram solidários, inteligentes, e por mais que fossem bobos, na maioria das vezes, tinham um coração gigante. Aprenderam muito, e ensinaram o dobro.

Não posso esquecer de falar deles individualmente, tinham os malucos, os festeiros, os caseiros (ou a caseira), os engraçados, os contadores de histórias, os pertubados, os que acordavam e dormiam cedo, os sarados, os responsáveis, os estudiosos, os trabalhadores, os preguiçosos, "o criado a leite com pêra (bibi)", os cachaceiros, e tinha até uns que eram dj's. Cada um com as suas características, o que os deixava cada vez mais apaixonantes.

Me peguei falando sobre essa galera e percebi que  um dia eles vão sentir saudade deles mesmos, do que juntos eles foram. Eu mesma sinto, já tenho saudade de escrever sobre eles, pensar neles, e aprender com eles. Eu queria poder voltar no tempo e dizer para eles, aproveitarem cada segundo juntos, porque época mais feliz do que aqueles tempos, eles jamais terão. 

Ahhhh, mais que vontade de fazer parte daquele pessoal (...)

Algumas coisas que aprendi.

A maior dádiva que a vida pode nos dar, é a possibilidade de aprender. Aprender com os mais novos, com os mais velhos, e até com os que já foram. Cada pessoa carrega consigo uma experiência nova, uma vitória, uma lição. Por isso somos tão dependentes uns dos outros, é preciso de união para evoluir.

Tem certos momentos da vida que você se da conta que ficar sozinho as vezes é bom e até necessário, mas se sentir só é horrível. Inflama, é amargo, e dói. Bom mesmo é amar, e estar perto de quem ama você. Essas pessoas sim, valem a pena. Ame-as muito, com todo o seu coração, se entregue e então será recíproco.

Em algumas situações vai ser preciso admitir que está no fundo do poço, se sentindo fraco, pequeno e que não vai suportar. E então recomece. Sinta medo, mas aquele medo gostoso que serve para te dar adrenalina, nunca permita que ele tome conta de você. E nunca se esqueça: Força se ganha na caminhada!